Descoberta boa, inspiradora:
"Tião Rocha é um homem simples e que gosta de desafios. De fala calma, ele parece estar sempre silenciosamente inquieto. É um sujeito que gosta de colocar as coisas em prática para ver se funcionam. Há mais de duas décadas, Tião resolveu testar algumas idéias nas quais sempre acreditou.
Fundado na década de 80, o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) é um laboratório de experiências educacionais. A idéia fundadora era mexer em receitas prontas, em idéias estabelecidas no status quo. O modelo escolar tradicional não era suficiente para o que ele imaginava ser o verdadeiro sentido da Educação.
Os primeiros passos do CPCD foram questionar os elementos mais básicos da forma e estrutura de aprendizado. É possível ter uma escola sem muros, debaixo de um pé de manga? As “aulas” podem ser dadas em uma roda? É preciso que alguém ocupe o papel de professor?
(...)
A internet como ferramenta de transformação
Apesar de já ter chegado longe (em 2007 ganhou o prêmio Empreendedor Social 2007 ), Tião sabe que é sempre bom relativizar e desconfiar das coisas. O olhar matuto. O olhar do antropólogo.
Para ele, a Internet é apenas mais uma ferramenta. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal. Nessa área, ele segue a tradição: sem o real, o virtual não existe. “O fato de ter acesso não torna as pessoas melhores. Uma vez, numa roda de conversa com alguns jovens, uma adolescente disse que participava de 250 comunidades no orkut. E aí eu perguntei, 'e no seu bairro, você participa de algum grupo? Da escola de samba? Da associação de moradores? Do time de futebol?'”
E foi por isso que Tião passou a utilizar a teoria do TIC TAC. Para ele, os jovens hoje estão cheios de TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação), mas sem os TACs (Tecnologia de Aprendizagem e Convivência) esse relógio não vai funcionar direito.
Tião concorda que a internet traz no seu DNA a idéia de descentralizar e de agir independentemente. Quanto mais abertas forem as novas tecnologias, mais interessante será para os jovens. Ele cita o exemplo do autor indiano Sugata Mitra e do livro Um Furo na Parede (Tião assina a orelha da edição brasileira). “Quando você quebra muros, favorece relações mais horizontais. Isso gera uma série de possibilidades”, afirma.
Em vários aspectos Tião remonta personagens das páginas de Guimarães Rosa. E assim como o escritor mineiro ele gosta de inventar palavras. “Empodimento” é uma das suas preferidas. Ela surgiu da constante resposta que o educador dava aos jovens que ainda não eram certos da liberdade que tinham: “pode fazer isso, Tião?”. “Pode, sim. Pode tudo.”
Para ler o artigo inteiro clique aqui.
Trechos do programa Ação, da Rede Globo, exibido em 26/04/2008, sobre o trabalho desenvolvido pelo educador Tião Rocha, do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento
"Tião Rocha é um homem simples e que gosta de desafios. De fala calma, ele parece estar sempre silenciosamente inquieto. É um sujeito que gosta de colocar as coisas em prática para ver se funcionam. Há mais de duas décadas, Tião resolveu testar algumas idéias nas quais sempre acreditou.
Fundado na década de 80, o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) é um laboratório de experiências educacionais. A idéia fundadora era mexer em receitas prontas, em idéias estabelecidas no status quo. O modelo escolar tradicional não era suficiente para o que ele imaginava ser o verdadeiro sentido da Educação.
Os primeiros passos do CPCD foram questionar os elementos mais básicos da forma e estrutura de aprendizado. É possível ter uma escola sem muros, debaixo de um pé de manga? As “aulas” podem ser dadas em uma roda? É preciso que alguém ocupe o papel de professor?
(...)
A internet como ferramenta de transformação
Apesar de já ter chegado longe (em 2007 ganhou o prêmio Empreendedor Social 2007 ), Tião sabe que é sempre bom relativizar e desconfiar das coisas. O olhar matuto. O olhar do antropólogo.
Para ele, a Internet é apenas mais uma ferramenta. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal. Nessa área, ele segue a tradição: sem o real, o virtual não existe. “O fato de ter acesso não torna as pessoas melhores. Uma vez, numa roda de conversa com alguns jovens, uma adolescente disse que participava de 250 comunidades no orkut. E aí eu perguntei, 'e no seu bairro, você participa de algum grupo? Da escola de samba? Da associação de moradores? Do time de futebol?'”
E foi por isso que Tião passou a utilizar a teoria do TIC TAC. Para ele, os jovens hoje estão cheios de TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação), mas sem os TACs (Tecnologia de Aprendizagem e Convivência) esse relógio não vai funcionar direito.
Tião concorda que a internet traz no seu DNA a idéia de descentralizar e de agir independentemente. Quanto mais abertas forem as novas tecnologias, mais interessante será para os jovens. Ele cita o exemplo do autor indiano Sugata Mitra e do livro Um Furo na Parede (Tião assina a orelha da edição brasileira). “Quando você quebra muros, favorece relações mais horizontais. Isso gera uma série de possibilidades”, afirma.
Em vários aspectos Tião remonta personagens das páginas de Guimarães Rosa. E assim como o escritor mineiro ele gosta de inventar palavras. “Empodimento” é uma das suas preferidas. Ela surgiu da constante resposta que o educador dava aos jovens que ainda não eram certos da liberdade que tinham: “pode fazer isso, Tião?”. “Pode, sim. Pode tudo.”
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Trechos do programa Ação, da Rede Globo, exibido em 26/04/2008, sobre o trabalho desenvolvido pelo educador Tião Rocha, do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento
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