terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não sei...

Não sei…Se a vida é curta
Ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo.
É o que dá sentido a vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura.

Cora Coralina


terça-feira, 11 de agosto de 2009

...

“Acho que levar a educação à comunidade é cativar o consumidor de música, teatro, filme, novela. A vontade de se comunicar, de participar. Cansei de ver uma certa cena atuar e bater palma pra si mesma, ignorando o povo e seus desejos, ignorando a maioria e suas necessidades.”
Preto Bomba, músico do movimento de hip-hop

Da roda, mangueira e internet...

Descoberta boa, inspiradora:

"Tião Rocha é um homem simples e que gosta de desafios. De fala calma, ele parece estar sempre silenciosamente inquieto. É um sujeito que gosta de colocar as coisas em prática para ver se funcionam. Há mais de duas décadas, Tião resolveu testar algumas idéias nas quais sempre acreditou.

Fundado na década de 80, o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) é um laboratório de experiências educacionais. A idéia fundadora era mexer em receitas prontas, em idéias estabelecidas no status quo. O modelo escolar tradicional não era suficiente para o que ele imaginava ser o verdadeiro sentido da Educação.

Os primeiros passos do CPCD foram questionar os elementos mais básicos da forma e estrutura de aprendizado. É possível ter uma escola sem muros, debaixo de um pé de manga? As “aulas” podem ser dadas em uma roda? É preciso que alguém ocupe o papel de professor?

(...)

A internet como ferramenta de transformação

Apesar de já ter chegado longe (em 2007 ganhou o prêmio Empreendedor Social 2007 ), Tião sabe que é sempre bom relativizar e desconfiar das coisas. O olhar matuto. O olhar do antropólogo.

Para ele, a Internet é apenas mais uma ferramenta. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal. Nessa área, ele segue a tradição: sem o real, o virtual não existe. “O fato de ter acesso não torna as pessoas melhores. Uma vez, numa roda de conversa com alguns jovens, uma adolescente disse que participava de 250 comunidades no orkut. E aí eu perguntei, 'e no seu bairro, você participa de algum grupo? Da escola de samba? Da associação de moradores? Do time de futebol?'”

E foi por isso que Tião passou a utilizar a teoria do TIC TAC. Para ele, os jovens hoje estão cheios de TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação), mas sem os TACs (Tecnologia de Aprendizagem e Convivência) esse relógio não vai funcionar direito.

Tião concorda que a internet traz no seu DNA a idéia de descentralizar e de agir independentemente. Quanto mais abertas forem as novas tecnologias, mais interessante será para os jovens. Ele cita o exemplo do autor indiano Sugata Mitra e do livro Um Furo na Parede (Tião assina a orelha da edição brasileira). “Quando você quebra muros, favorece relações mais horizontais. Isso gera uma série de possibilidades”, afirma.

Em vários aspectos Tião remonta personagens das páginas de Guimarães Rosa. E assim como o escritor mineiro ele gosta de inventar palavras. “Empodimento” é uma das suas preferidas. Ela surgiu da constante resposta que o educador dava aos jovens que ainda não eram certos da liberdade que tinham: “pode fazer isso, Tião?”. “Pode, sim. Pode tudo.”

Para ler o artigo inteiro clique aqui.


Trechos do programa Ação, da Rede Globo, exibido em 26/04/2008, sobre o trabalho desenvolvido pelo educador Tião Rocha, do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Arte? "Se eu soubesse o que é arte eu não contaria pra ninguém" Picasso

na colheita, escuta, inspirações, experimentações...

encontro. pergunta que norteia: o que é arte para mim?
No compartilhar das vozes manifestadas:

"amor é flor que não tem cheiro e todo mundo quer cheirar"
"arte é que nem amor, é legal e ninguém sabe o que é"

"Arte do éter a ação"

"Arte é tudo o que afeta"

"Arte é apurar processos. é tempero e alimento"

"Arte sempre vai envolver tecnologia. Arte é manifestção da bagagem que cada um traz; o que tiro de minha bagagem em cada criação artistica?"

"A arte tem o sentido de tocar alguém; portanto antes precisa ser de um toque que toca quem faz"

"arte é um olhar diferente para o mundo que é dificil de dimensionar; é sensorial. estimla multiplos olhares e interpretações"

"arte é um fazer que revela o ser"

"vida é arte do encontro" "vida e arte são amigas intimas"

"tudo o que te comove se você não sabe como chama você chama de arte ou chama de amor"

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A escola forma gente para o futuro ou para o passado?

Dançar é voar no chão...

Brincar, Dançar e Criar....
Entrevista feita por Uxa Xavier com crianças de 4 a 8 anos,. As palavras delas estão reproduzidas exatamente e os nomes são fictícios.
O que é a dança para você?
Lia (8 anos)- Uma brincadeira que a gente se mexe e brinca com as partes do corpo.Dançar com o corpo todo... dar estrelas, criar esculturas ( com o corpo).
Ana- (4 anos) Uma coisa legal brincar de dançar... na aula de dança a gente faz bastante movimento...
Gi ( 5 anos) É.. movimentar.. girar, fazer movimentos com as pernas. Piscar os olhos também é movimento.... A gente mexe o corpo com várias partes e isso também é movimento....
Lara ( 5 anos) É muito importante, por que quando a gente ficar mais velha vai poder ensinar pra as nossas filhas. Os passos....
Mi (5anos) Na dança a gente pode ser tudo... caixa, borboleta... roupa...
Quando está dançando o que você sente?
Lia ( 8 anos) Solto o corpo,aprendo a brincar ao mesmo tempo que danço e o corpo fica mais feliz.
Ana (4 anos) Eu também fico mais feliz.
Gi(5 anos) Sinto que estou aprendendo vários passos.
Lara (5 anos) Sinto alegria.
Mi ( 5anos)- Eu fico leve e salto bastante.

terça-feira, 28 de julho de 2009

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Ser feliz é ser...

sábado, 25 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

A pesquisa contínua continua...(hehe)

(...) a inter-relação entre a vida e a arte ... A vida e a arte não se confundem. Uma nos é dada pela natureza, e a outra, pelo homem.No entanto, existe algo de intrinseco na natureza que encontramos em nós, como seus filhos, mas que se manifesta no fazer artistico e e o responsavel pela sensação de uma certa obra estar "viva" ou ter "uma determinada vida", como se elea pudesse tomar as rédeas do próprio destino, agir e existir por si só. A arte nasce, portanto, do amâgo da vida.

Luis Otávio Burnier

sexta-feira, 17 de julho de 2009

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A arte trabalha antes de mais nada com a percepção. Seu poder principal não está em o que dizer, mas no como. Quando atinge a percepção é que ela revoluciona. É no inconsciente que encontramos nossa particularidade, nossa individualidade,mas também os elos que nos unem uns aos outros. E a arte quando atinge nosso insconsciente, nossa percepção profunda, vasculha um universo equiparavel ao dos sonhos.
Trabalhar um ator é, sobretudo e antes de mais nada, preparar seu corpo não para que ele diga, mas para que ele permita dizer. Não mostrar o que ele é, mas revelar o que, por meio dele, descobre ser. Ser artista é, antes de mais nada, predispor-se a revelar.
A busca do ator, assim como de todo artista que quer mais do que um simples reconhecimento social e economico, é a incontestável tentativa de reavivar a memória. A verdadeira técnica da arte do ator é aquela que consegue esculpir o corpo e as ações fisicas no tempo e no espaço, acordando memórias, dinamizando energias potenciais e humanas, tanto para o ator como para o espectador.
A arte de ator - da técnica à representação
Luis Otávio Burnier (1960/1995) ator, diretor, pesquisador e coordenador geral do LUME - Núcleo interdiciplinar de Pesquisas teatrais. Para saber mais: www.lumeteatro.com.br

quinta-feira, 16 de julho de 2009

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Encontro com querid@s. "JAMM (juntos amando em música e movimento)". Ouço música que me encanta " tudo a ver com o momento...meu" disparo. Aqui, compartilhando:

Diversa Transformação

transformação
transformação
diversão
completa religação (refrão)

transformação na leveza
alteração com certeza
apreciando a andança
brincando como criança
no coração a presença
comprometido e em paz
sabendo tudo o que faz

(refrão)

tem muita coisa pra ver
muita coisa a aprender
dentro de ti tudo cabe
diversidade infinita
com confiança na vida
vivendo inteira verdade
na perfeita unidade

(refrão)

Moray

segunda-feira, 13 de julho de 2009

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"Um índio é pego numa torrente de experiências estranhas, revelando mistérios de tempo e espaço"

vídeo muito interessante que mostra uma visão de como os indigenas e os não-indigenas se relacionam com o meio-ambiente.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

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...seguir
sentindo
o
sentido
que pulsa
em nós...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

...variações sob um mesmo tema...

Viver é ver-se
na transparência com o outro
me encontro...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

...

“ Adubar a terra
com número e letras
asas e poemas.
Para colher lírios,cravos e alfazemas.
Agricultor,o bom mestre sabe,
que espinhos e pétalas
fazem parte da primavera.
Porque ensinar
é regar a semente sem afogar a flor ."
Sérgio Vaz

sábado, 13 de junho de 2009

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Abrir o coração...
Na transparência
A revelação...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Hoje...

♫ "Programa de hoje: expirar, inspirar, expirar" Buda

"Tenha um bom dia, a menos que tenha outros planos..."

segunda-feira, 1 de junho de 2009

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Cantar o presente é
sentir aqui agora
aprender nos desapegar
do que foi e do que será

e nessa floresta vamos nos conhecer
na respiração sentir nosso pai
mergulhar nas aguas de nossa mãe
ouvir o silêncio, sentir a paz

vou buscar a força do passarinho
nessa revoada vento levar
me encontrar no canto do passarinho
nessa revoada somos todos nós
(Alice Haibara - irmã amiga passarinha amada)

Escola sustentável...

O que é uma escola sustentável?

Existem muitas definições sobre o que é sustentável. A mais apropriada que encontramos diz que o sistema em que vivemos deve satisfazer nossas necessidades de crescimento e manutenção armazenando mais energia do que a despendida para construí-lo. Isso quer dizer que nosso foco deve estar em obter o que precisamos no presente sem comprometer a estrutura para que as gerações futuras possam fazer o mesmo. A escola sustentável busca ensinar as crianças a viver dentro dessa lógica. Produzir ao invés de consumir e gastar. Só assim será possível difundir o conceito e aplicá-lo.
Para muitos estudantes o futuro parece incerto e até assustador. Por isso, existe a necessidade dessa interpretação mais ampla da educação. É preciso mudar o foco e escolher temas que ofereçam as ferramentas para construir um futuro sustentável. Isso envolve um aprendizado contínuo e interdisciplinar. E o meio-ambiente pode fazer essa ponte!
A eco-alfabetização traz em si mesma conceitos básicos da sustentabilidade. Programas que descobrem a natureza pela ciência, matemática, literatura, arte e ciências sociais permitem investigações práticas e encorajam avaliações críticas fundamentais para que tenhamos adultos capazes de viver de forma sustentável.
A reorientação da educação envolve não somente aumentar o conhecimento do aluno, mas incentivar o desenvolvimento de habilidades e valores que motivarão para estilos de vida sustentáveis. Já está comprovado que elevar o grau de instrução das pessoas não é suficiente para alcançar sociedades sustentáveis. Por isso estamos aqui. Nós e você. A escola-sustentável propõe uma educação básica que inclua o ensino de valores, a promoção do cuidado com o planeta, o cuidado com as pessoas e a partilha justa de recursos.
Como fazer isso?O ensino da sustentabilidade deve começar com projetos. Eles enfatizam o pensamento crítico, a resolução de problemas, a tomada de decisões, análise, o aprendizado cooperativo, liderança e a capacidade de comunicação. Já o meio ambiente deve entrar como uma coisa divertida e dinâmica, algo que mostre para os futuros cidadãos que nós fazemos parte do que chamamos natureza e que não é apenas na semana dedicada ao meio-ambiente, ou no dia da árvore, que devemos pensar sobre ela. E mais uma vez você pergunta: como? A permacultura (inventada pelo australiano Bill Mollison na década de 70) tem algumas dessas respostas. Ela é um pacote pedagógico, uma metodologia para a criação de ambientes produtivos, sustentáveis e ecológicos que possibilitam o homem habitar a terra sem destruí-la.
E não pense que a escola é pequena demais para isso, ela é ideal. Começar envolvendo as crianças com os canteiros e espaços verdes da área escolar é o início perfeito do relacionamento entre esses pequenos seres humanos e a natureza. Lembre, estamos dando apenas o primeiro passo! Você vai ver como esses espaços, verdadeiras salas de aula ao ar livre, são capazes de entusiasmar e envolver seus alunos.
Veja uma comparação entre o ensino tradicional, centrado no professor, e o ensino que propomos, aberto e centrado no aluno.

Educação centrada no professor:
* Professor ensina, os alunos são ensinados;
* Professor sabe tudo;
* Professor pensa sobre os alunos;
* Professor é o sujeito do conhecimento e os alunos são o objeto.

Educação centrada no aluno
* Partilha a informação;
* Gera opções de aprendizado criativo e auto-iniciado;
* Alunos envolvidos no processo;
* Ênfase na avaliação holística;
* Alunos contribuem para a seleção das experiências de aprendizagem.

Como vemos, os modelos centrados no aluno são fundamentais para a criação de uma consciência sustentável. Eles oferecem processos interativos que podem ajudá-los a se sentirem responsáveis por seu aprendizado, desenvolvendo habilidades. Esse modelo de educação oferece ferramentas para restabelecermos o controle sobre o aprendizado, dirigindo nosso futuro para a sustentabilidade.
-Fonte:http://www.ecocentro.org/habitats/?page_id=15

sábado, 30 de maio de 2009

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Que a arte não se torne para ti a compensação daquilo que não soubeste ser
que não seja transferência nem refúgio
Nem deixes que o poema te adie ou divida; mas que seja
a verdade do teu interior terrestre

Então construiras a tua casa na planicie costeira
a meia distência entre montanha e mar
construirás - como se diz - a casa térrea
construirás a partir do fundamento

Poemas escolhidos - Sophia de Mello Bryner Andersen

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Busca...

...tô no momento...a todo tempo...

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tive uma aula com os adolescentes da UI27, que sinto que vale registrar/compartilhar.
sexta passada fizemos uma apresentação na unidade.comecei a aula pedindo que os alunos registrassem como foi para eles fazer essa apresentação.segundo passo: um dos jovens conduziu um exercicio cenico (esse foi o nome que ele deu). na aula anterior da apresentação ele havia pedido para passar esse exercicio, e como estavamos com o tempo curto para o ensaio, combinei que isso aconteceria hj.
o exercicio foi o seguinte:
em roda, diálogo entre dupla
- Ce viu o pato?
- Que pato?
- o pato!
- Ah! o pato!
o jogo era que a conversa toda devia ser no mesmo tom da primeira pergunta. surgiram diálogos gagos, risonhos, espirrando, bravos, sussurados...foi ótimo! e gerou muitas risadas! alegria, parte séria da vida!depois fizemos a brincadeira (também proposta pelo mesmo aluno) de "vou pra marte e vou levar..." onde a charada é que só podemos levar coisa que comecem com a primeira letra de nosso nome.foi bem legal, tbém!próximo passo:levei dois curtas-metragens para assistirmos (Criança vê, criança aprende e lead india - procurar no marcador "vídeo")e inspirar conversas e exercicios.antes de vermos, disse o quanto estamos o tempo todo dando exemplo...e que nós como artistas somos mensageiros...a pergunta é: que mensagem queremos passar? sabendo que a influencia que exercemos é de nossa responsabilidade.Depois de assistirmos aos curtas, aprofundamos a conversa sobre que exemplos estamos seguindo e quais exemplos estamos dando, chegando ao entendimento que ensinamos aquilo que praticamos.
Inspirada pela conversa contei a seguinte história:
Gandhi certa vez foi procurado por uma mãe que levou o filhinho consigo, e lhe pediu:
- Gandhi, este menino come muito açúcar. Já tentei de tudo e não consigo que ele pare com isso. Como ele gosta muito de você, com certeza irá obedecê-lo. Por favor, peça para que ele pare de comer açúcar!
Gandhi pediu àquela mãe que voltasse uns 15 dias depois.
Tempo decorrido a mãe o procura novamente e Gandhi olha o menino com bastante atenção e diz:
- Pare de comer açúcar!
O menino baixou a cabeça, mas fez sinal de que iria obedecê-lo.A mãe não entedeu nada daquilo e perguntou, super intrigada:
- Gandhi, por que você não falou isso há 15 dias atrás?
- É que há 15 dias atrás eu também comia açúcar
Na sequencia, dividi a turma em dois grupos e a proposta era que fizessem uma improvisação que mostrasse um mau exemplo.
Depois das apresentações o grupo1 deu uma solução para que a cena do grupo2 se transformasse em um exemplo positivo e vice-versa. Improvisaram as sugestões.
Roda de conversa. os alunos falaram entusismados o quanto tinha sido legal essa aula. Segundo alguns: "a melhor aula de todas", " a gente vai fazendo e o teatro vai ficando cada vez mais importante", " a 'senhora' (falando de mim) chama atenção da gente mas é com conversa, aí a gente entende, e ve que é um privilégio a senhora estar aqui, tratando a gente bem assim. Tem pessoas que só porque fizemos certas coisas lá fora nos julga e nos trata mal, mas nós também temos coisas boas..."
E, ao meu ver, uma das infinitas "coisas boas" é a capacidade de reconhecimento, se estão enxergando valor e beleza em uma relação baseada no diálogo, no respeito e na alegria é porque tudo isso já tem dentro deles.
Dia bom!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

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Na Fundação Casa, entre uma aula e outra ... esperar na praça ... colorir o ar
Lá vem , lá vem, lá vem passarim
Lá vem, lá vem, lá vem passarim
mensageiro do ar
mensageiro voar
mensageiro cantar,cantar, cantar , cantar

segunda-feira, 25 de maio de 2009

...

Viver no presente é a base...a chave pra seguir bem na viagem...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ações Multiplicadoras...

Teve início dia 01/04 na Pinacoteca do Estado de São Paulo, o curso Ações multiplicadoras: o museu e a inclusão sociocultural 2009, contando com a participação de 28 educadores de diferentes organizações sociais atuantes junto a públicos em situação de vulnerabilidade social de distintas faixas etárias.O objetivo do curso é dar subsídios para a elaboração, execução e avaliação de projetos educativos voltados à inclusão sociocultural dos grupos em que os educadores atuam.
Estou fazendo esse curso, representando o CENPEC.

Quero compartilhar, contando de um dos dias que para mim foi muito inspirador.

Nossa aula foi em uma sala da Estação Pinacoteca. Fomos divididos em 5 grupos; cada grupo recebeu uma proposta para realizar/vivenciar. Essas propostas são recursos utilizados pela equipe da Pinacoteca em suas ações educativas.
"Trabalhar com recurso educativo é trabalhar por meio de jogos simbólicos, portanto, ele pode agir como auxiliador na organização do pensamento e, consequentemente, na construção do conhecimento. Seu uso não parte de uma metodologia pautada exclusivamente no pensamento racional, com regras prontas e fixadas, mas busca múltiplas interpretações através do exercício de linguagens não-verbais/simbólicas como mediadoras da realidade. Desta forma, amplia as possibilidades de ação, de compreensão do mundo e do que se vê." ( Daniele Carvalho, no texo: desenvolvimento de recursos educativos)

Compartilho as propostas aqui e aonde o grupo que eu estava inserida chegou, com o intuito de, quem sabe, multiplicar inspirações...

Fiquei com a proposta que foi entregue ao GRUPO5
Proposta: POEMAS E IMAGENS: Cada participante associa uma imagem a um poema. Em seguida, todos juntos selecionam partes dos poemas criando um novo texto. Ainda coletivamente, criam uma colagem com elementos das obras, que dialogue com o poema feito.
Público: adolescentes.
Objetivo: Estabelecer diferentes relações entre texto e imagem.













Tarefa 1: Escolhi esse poema do Drummond fazendo relação com essa imagem da obra Pintura de Tomie Ohtake, óleo sobre tela 1969.
Entre outras coisas, a relação para mim se deu, por as duas obras, em minha visão, falar de união. A obra de Othake, pode ser vista como algo que tem um corte no meio, mas o que enxergo são duas coisas semelhantes que estão unidas pela Luz. A Luz é o que une.
Em um segundo momento, tinhamos que em grupo criar um novo poema, com trechos dos poemas escolhidos individualmente. Resultado:



Uma de nós do grupo chamou atenção para o fato desse poema poder ser lido de duas formas: de cima para baixo e de baixo para cima.

O mundo

transforma
som
no breve espaço
claro raio
na janela



o Próximo passo: construir em grupo uma imagem associada a o poema que fizemos.
e o resultado está aí ...do lado.
Uma obra que também foi pensada em ser lida de baixo pra cima e de cima pra baixo, como o poema.
claro que as leituras são múltiplas... ( tres pontinhos: abertura para o infinito...)
Dia bom, nos divertimos muito! criatividade nutre!!!


Outras propostas:
GRUPO 1:
Proposta: QUEBRA-CABEÇA ARTICULADO: Para construir o quebra-cabeça é necessário fazer riscos e cortes desejados sobre o rascunho PB da imagem escolhida, para depois cortar definitivamente a cópia colorida. Em seguida, colar sobre o E.V.A. as partes já separadas e estas em pedaços de folha imantada. Quando terminar esta parte, escolher um poema que se relacione
com a obra que a proposta foi feita. Dando continuidade ao exercício, construir uma casa vinda de sua imaginação e/ou memória com formas geométricas de E.V.A. colorido
Público: Crianças
Objetivo: Desenvolver a percepção formal, memorização, organização espacial, linguagem poética e a construção/reconstrução dos elementos compositivos de obras de arte.

GRUPO 2:
Proposta: SIMBOLOGIA PESSOAL: Selecionar, recortar e imantar símbolos presentes na reprodução dada, recombinando-os. Depois disso, cada um desenvolve um símbolo pessoal imantado, com possibilidade de criar várias composições sobre a placa de metal
Público: Adolescentes e/ou adultos
Objetivo: Explorar a questão do alfabeto visual na obra de Rubem Valentim e a elaboração de uma simbologia pessoal, ou seja, diferentes composições e formas que busquem traduzir a identidade de cada participante.
GRUPO 3:
Proposta: JOGO DE ENCAIXE: Escolher uma das reproduções das obras em questão, selecionar parte(s) que possa(m) ser retirada(s) do contexto em que se encontra(m) e transposta(s) para uma outra paisagem. Através de associações que resgatem memórias, escrever uma palavra para a imagem original, outra para a que possui elemento(s) destacado(s) e, por fim, outra
palavra para a terceira imagem.
Público: Adultos e/ou famílias e/ou idosos
Objetivo: Resgatar a memória afetiva a partir da percepção formal e da associação entre imagem e palavra.
GRUPO 4:
Proposta: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E CAÇA DETALHES: Recortar e colar sobre papel cartão, detalhes de obras do artista Samico e de trabalhos presentes na exposição temporária “Convivência”. Com estes detalhes selecionados, estabelecer uma ordem e contar uma história. A seqüência escolhida sempre que alterada, possibilita uma nova narrativa.
Público: Crianças e/ou adolescentes
Objetivo: desenvolver a imaginação, a organização de uma narrativa oral, a percepção estética e a construção coletiva.

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...respirar fundo e se conectar em ação com o coração...

terça-feira, 19 de maio de 2009

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Tenho trabalhado muito com os grupos da Fundação Casa na Raposo Tavares com o que chamo de "jogos da confiança", que são dinamicas de integração, com o objetivo que o grupo fortaleça-se em convivencia e cooperação.

Hoje levei a música "Mais uma vez", do Renato Russo, para compartilhar com eles. Na aula da quinta passada sai com ela na memória e toda a elaboração da aula de hoje foi estimulada e inspirada por ela.

"Mas é claro que o Sol vai voltar amanhã (...)
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança"

Falamos , então, a respeito da AUTO CONFIANÇA.Conversa boa. Com a auto confiança firme reconhecemos o nosso valor e a partir dai é possivel olhar para nossos irmãos e confiar na contribuição que todos tem a fazer na trama de nossa vida. Fiar junto!Confiar!

Do dicionário ( http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx ):
confiança

s. f.
1. Coragem proveniente da convicção no próprio valor.
2. Fé que se deposita em alguém.
3. Esperança firme.

Energia da Vida...

domingo, 17 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

Presente...

Hora de mudar! Ir para frente mais agilmente!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Divisor de águas...

♫ "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

...

Raposo Tavares.

Primeira aula fora do pátio. Uma experiência

céu azul, vento, gramado.

Perceber e sentir a natureza.

Recorte de um momento da aula:

Primeiro: Um por vez, dizer para a roda algo que considere bom na vida (surgiu: amizade; Deus, Vida, família; liberdade; paz...) e algo que ache ruim (unânime: "ta preso")

Segundo: Dupla. Um de olhos fechados. Combinado: seguir a voz do companheiro, quando ele dissesse a "coisa boa" escolhida: andar; e a "coisa ruim": parar.

Depois do exercício trouxe uma palavra para a roda: DISCERNIMENTO. Falei de seu significado: enxergar a diferença entre o bom e que não é bom, o certo e o errado. O exercicio cresceu quando fizemos a transposição dele para nossas vidas: caminhar seguindo aquilo que sentimos que será bom para nós e para as outras pessoas; quando "ouvir a voz" daquilo que nos prejudicará e aos outros, parar, refletir, mudar o caminho...

A Importância que vejo em vivenciar e encontrar significados múltiplos para o experênciado, criando conexões, interconexões, amplindo nossa percepção do ensino...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Maio...

Arte?

Perguntaram: o que é arte?

Fiquei sem saber como responder...

é possivel definir o que é arte?
é possivel dizer o que é arte?
ou a arte não é afeita as definições e sim ao sentir, refletir, apreciar, estimular, provocar, inspirar...ar...ar...ar...

penso/sinto: é possível também falar a respeito de arte. falar muito...mas, chegar a uma definição que se completa em si, que fecha o conceito...conceito? arte é um conceito?

cheguei agora aqui: arte é um modo de compartilhar o melhor do mundo que há em mim...(três pontinhos... a abertura para o infinito...)

Brincarei de postar aqui o que já falaram de arte...

O que é arte? (e o amor? o que é o amor?)...

"A beleza é a finalidade da arte. Que é arte, que é beleza, que é finalidade?"
Rosário Fusco, 1952


"A arte é apalpar a divindade."
Roberto Magalhães, 1970


"Em aritmética, um mais um são dois, mas em arte podem ser três."
Joseph Albers, 1962


"Se alguém chama isto arte, então é arte."
Donald Judd


Arte? pra você, o que é arte?

terça-feira, 5 de maio de 2009

O homem que plantava...

plantava esperança...

esperança não é esperar...

é esperançar...

Sementes de inspiração...



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Apontamentos presentes...

Viver o presente indo em frente...
o sentido é a evolução...
Empoderamento do presente em direção ao futuro...
Viver o presente indo em frente...
Todo projeto é alimentado por uma visão de futuro...
Viver o presente indo em frente...
Viver
presente
presença
plantio
colheita
plantio...
Tempo presente
eterno devir
infinito destino
Viver o presente indo em frente...
a evolução é o sentido...

domingo, 3 de maio de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

O presente da presença...



O maior presente é a presença..

Sábado dia 25/04, teve um encontro entre mães e filhos na EMEI. Prof. Ronaldo Porto Macedo, organizado por mim, a pedido da escola.

Dia de brincadeiras!

abraço é bom e nós gostamos!!!
braços extensão do coração em união!

"Levanta um braço
Levanta o outro
faz um bambolê
mexer o pescoço
olha para cima
olha para baixo
procura sua mãe
e dá um abraço"

em outro momento: caminhando pela quadra, ao som de uma música.
pausa no som e pode vir um número de 1 a 4.
1: levantar os braços;
2: mãos na cintura;
3: fazer "estátua";
4: procurar sua dupla (mãe e filh@) e dar um abraço!


Confiança é fiar juntos!

tecendo a vida em união, mãe filh@! no confiar...

dinâmica: dupla. um na frente do outro de olhos fechados.
condução: mão nas costas caminha para frente.
mão na cintura: para.
mão no ombro: vira.
Depois inverte. As mães em sua maioria ao serem conduzidas pelos filhos, ficaram com um olho aberto e outro fechado, rsrs.




"Ciranda de luz
Ciranda de Paz
Ciranda alegria
Harmonia e Paz"


Mães e filh@s passaram por diversos desafios juntos e em homenagem ao percurso que criaram, construiram um "arco-íris", colocando ainda mais cores em suas vidas!



Registro da memória do dia. Memória o que mora em nós!
Mães e filh@s conversaram e entraram em um acordo da brincadeira que eles mais gostaram no dia, e registraram em cores e formas!



No final, em roda, o conselho foi aberto para "duas vozes" de mães e "duas vozes" de filh@s, e vivemos a gratidão de receber palavras de alegria estimuladas por esse dia bom!

sábado, 25 de abril de 2009

...

O Amor é a nave do futuro
Chave pro coração do mundo...


Juraildes da Cruz

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Entrelinhas...

respirar...
ouvir...
intuir...

abrir espaços...

permitir-se...
sentir

novas conexões...

o manifesto do silêncio, do sorriso, do olhar...

além das linhas: entrelinhas
além e uma coisa só...

O coração é espaço a expandir-se...

"Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas"
Clarice Lispector

quinta-feira, 2 de abril de 2009

...

Sai das aulas que dou de quinta a tarde na Fundação Casa - Raposo Tavares e me veio o seguinte pensamento: "fazer menos e possibilitar mais".

No sentido de simplificar as dinãmicas de aula dando mais e mais abertura para a prática de autonomia dos alunos.

Precisei faltar na aula anterior e fiquei sabendo que os meninos ensaiaram - estamos construindo uma peça - sem mim e se entenderam muito bem. Resolvi hoje, em vista disso, propor que eles conduzissem o ensaio e eu ficaria observando.

passaram a cena três vezes, entre um ensaio e outro a palavra que usei para fazer minhas observações foi sempre: SUGESTÃo.
e a pergunta: O QUE VOCES ACHAM?

Funcionou muito bem. Descobri mais o valor de observar, quando pretende-se estar atento as qualidades que estão se apresentando no trabalho dos alunos. Observar para posteriormente atuar valorizando, alimentando,desenvolvendo o valor que já se faz presente, que já é, só precisa de mais LUZ. LUZ sempre é bom.

Analisando meu percurso como educadora vejo que antes falava demais, vontade de passar aquilo que entendia como "importante", hoje venho falando cada vez menos e fazendo mais perguntas; caminho que entendo como bom de ser explorado.

Voltando do trabalho, ainda no ônibus, lendo o texto "Mediando [com]tatos com arte e cultura - Entre a proximidade e o estranahmento: a mediação e o público", de uma palestra dada por Gabriela Aidar,falando da prática educativa desenvolvida na Pinacoteca, encontro:

"(...) Na nossa prática, muitas vezes, o desenvolvimento e o fortalecimento de conhecimentos e habilidades vivenciais são mais relevantes do que a aquisição de conhecimentos objetivos."

Parcerias no pensar e agir...

domingo, 29 de março de 2009

Coragem...

Cor agem
Agir com cor
com cor
cor
Dar a cor
ACORDAR
com cor agir
AGIR COM O CORAÇÂO
cora agem
CORAGEM

quarta-feira, 25 de março de 2009

Poema Concreto




Essa semana comecei a fazer a oficina POEMA FOTO TIPO GRÁFICO. Oficina que utiliza a fotografia e a poesia concreta como bases para a criação de animações em software livre. Unindo palavra e imagem, o fotografo João Correia Filho e a designer Ariane Stolfi mesclam conhecimentos de suas áreas e, a partir de registros fotográficos, propõem aos participantes a criação de pequenos web-poemas.

sexta-feira, 13 de março de 2009

...

Um dia, a Verdade resolveu visitar um grande palácio.
Envoltas as lindas formas num véu claro e transparente, foi ela bater à porta do rico palácio em que vivia o glorioso senhor das terras muçulmanas. Ao ver aquela formosa mulher, quase nua, o chefe dos guardas perguntou-lhe:
- Quem és?
- Sou a Verdade! - respondeu ela, com voz firme. - Quero falar ao vosso amo e senhor.
O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, apressou-se em levar a nova ao grão-vizir:
- Senhor - disse, inclinando-se humilde -, uma mulher desconhecida, quase nua, quer falar ao nosso soberano.
- Como se chama?
- Chama-se a Verdade!
- A Verdade! - exclamou o grão-vizir, subitamente assaltado de grande espanto. - A Verdade quer penetrar neste palácio! Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Verdade aqui entrasse? A perdição, a desgraça nossa! Diz-lhe que uma mulher nua não entra aqui!
Voltou o chefe dos guardas com o recado do grão-vizir e disse à Verdade:
- Não podes entrar, minha filha. A tua nudez iria ofender o nosso califa.
Vendo que não conseguiria realizar o seu intento, ficou muito triste a Verdade, e afastou-se lentamente do grande palácio, cujas portas se fecharam à diáfana formosura!
Mas…
a Verdade entrou-se do vivo desejo de visitar um grande palácio.
Vestiu-se com riquíssimos trajes, cobriu-se com jóias e adornos, envolveu o rosto em um manto diáfano de seda e foi bater à porta do palácio em que vivia o glorioso senhor dos Árabes.
Ao ver aquela encantadora mulher, linda como a quarta lua do mês de Ramadã, o chefe dos guardas perguntou-lhe:
- Quem és?
- Sou a Fábula – respondeu ela, em tom meigo e mavioso. – Quero falar ao vosso amo e senhor.
O chefe dos guardas, zeloso da segurança do palácio, correu, radiante, a falar com o grão-vizir.
- Senhor – disse, inclinando-se, humilde -, uma linda e encantadora mulher, vestida como uma princesa, solicita audiência de nosso amo e senhor.
- Como se chama?
- Se chama Fábula!
- A Fábula! – exclamou o grão-vizir, cheio de alegria. – A Fábula quer entrar neste palácio! Allah seja louvado! Que entre! Bem-vinda seja a encantadora Fábula. Cem formosas escravas irão recebê-la com flores e perfumes. Quero que a Fábula tenha, neste palácio, o acolhimento digno de uma verdadeira rainha!
E abertas de par em par as portas do grande palácio de Bagdá, a formosa peregrina entrou.
E foi assim, sob o aspecto da Fábula, que a Verdade conseguiu aparecer ao poderoso califa de Bagdá, o sultão Harum Al-Raschid, Vigário de Allah e senhor do grande império muçulmano.


Lenda árabe
recontada por Malba Tahan

quarta-feira, 11 de março de 2009

Transformação...papel em arte

Participei hoje da Oficina de Histórias contadas com origami, realizada na UMAPAZ, com a Facilitadora Irene Tanabe, que é contadora de histórias, com formação em Comunicação Social e em Arte e Educação. Hoje foi o primeiro de dois encontros.

Manhã boa! De tranquilidade e criatividade proporcionada pela arte do origami e a vivência em grupo no contar e ouvir histórias.


domingo, 8 de março de 2009

Ação...

"A vida é como jogar uma bola na parede: se for jogada uma bola azul, ela voltará azul; se for jogada verde, ela voltará verde; se ela for jogada fraca, voltará fraca; e se for jogada com força, voltará com força; por isso, nunca jogue uma bola na vida de forma que não esteja pronto para recebê-la; a vida não dá nem empresta, não se comove nem se apieda. tudo o que faz é retribuir o que nós lhe oferecemos"
Albert Einstein

domingo, 1 de março de 2009

Natureza e Arte

“Natureza e Arte parecem contradição
Mas se encontram — pasme! — desde sempre;
Também em mim desvaneceu-se a rejeição
E ora ambas me atraem igualmente.
Necessário é o esforço genuíno!
Então, se n’algum momento raro e estreito
Com espírito e empenho à Arte nos unimos,
A Natureza pode arder de novo em nosso peito.
Assim se dá em todo aprendizado:
Em vão se esforçam espíritos rebeldes
Por conhecer a plena realidade.
Quem almeja o grande há que ser concentrado;
É na contenção que se revela o Mestre
E somente a lei nos conduz à liberdade.”

J. W. Goethe
tradução: Marília Barreto

caminho florido

sábado, 28 de fevereiro de 2009

a arte de ouvir

Por Luiz Antônio Moreira e Marcelo S. Petraglia

Conta a lenda que um discípulo de Tomás de Aquino, vendo o mestre sempre debruçado sobre sua mesa de trabalho, absorto em estudos, resolveu pregar-lhe uma peça. Aproximou-se e disse: "Mestre, há um boi voando lá fora". Imediatamente o sábio se levantou, correu e olhou pela janela. Ao voltar encontra seus fâmulos rindo e o que havia feito a troça disse: "Mestre como pôde o senhor acreditar que um boi pudesse voar? " Ao que Tomás de Aquino respondeu: "preferi acreditar que um boi voasse, a pensar que você me enganaria".

Esta atitude inusitada do grande filósofo, nos aponta para uma qualidade essencial da arte de ouvir: a atitude despreconceituosa diante do novo, a capacidade para deixar de lado os conceitos prontos do que é, e do que não é a realidade. Ser de certa forma como criança quando o outro esta falando, pois ali a novidade pode acontecer. Uma criança eterna dentro de nós que cresce e aprende com tudo que ouve.
(...)
Ouvir, neste sentido, pode tornar-se um forte aliado para o desenvolvimento individual e coletivo do ser humano, pois baseia-se em uma sincera abertura para o novo e na confiança e amor pelo próximo.

bastão que fala

"O Bastão-que fala é um instrumento usado com o objetivo de que cada um denós aprenda a honrar o Sagrado Ponto de Vista de todas as criaturasvivas.Devemos honrar a sabedoria e os ensinamentos dos outros para quepossamos ampliar nossos conhecimentos e nos relacionar de uma forma maiscriativa com as outras pessoas(...).O Bastão-que fala nos recorda que o ponto de vista alheio é valioso e nosensina a maneira de escutar e colocar em prática aquilo que ouvimos eaceitamos. estamos sendo solicitados a não interromper aqueles que estãopartilhando sua Sabedoria conosco. Devemos aprender, ao ouvir os outros, quea vida nos oferece inumeras escolhas e respostas pra qualquer dilema que nosseja colocado (...)".
(A descoberta do ser através dos ensinamentos dos índios norte-americanos.Jamie Sams)

ouvir ativo



www.ouvirativo.com.br

Escutatória - Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:

Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança...
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...
Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência...
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

Unir em liberdade...

"minha razão de ser é ser um CLIPS

isso mesmo.
ser um "clips" é genial.
vc já pensou na cri(e)ação...do clips?
claro, não aconteceu do nada.
talvez existisse algum outro objeto similar, alguma coisa com uma função semelhante. não sei.

o incrivel para mim é o fato de ter sido uma criação que evoluiu pra SIMPLICIDADE


ahhh!qta complexidade foi necessária para gerar um pedacinho de arame entortado...mas, que com um toque especial, transformou-see "big bang"

nasceu o clips!

agora, espetacular mesmo é o propósito de ser do clips:

UNIR COISAS.

coisas semelhantes e/ou diferentes são reunidas em condições especiais de convivencia:
respeito mútuo
harmonia
objetivos comuns e
liberdade

por exemplo, as folhas de um trabalho escolar, unidas pelo clips, podem permanecer juntas num determinado momento e noutro serem separadas e distribuidas. depois, podem ser re-colhidas e re-unidas. há um eterno ir e vir, sem ferir e estragar.

hoje podemos encontrar clips de todos os tipos, tamanhos, cores e com diferentes aplicações. existe uma diversidade impressionante.
entretanto, todos eles, em sua simplicidade, tem uma unidade de propósito:

UNIR EM LIBERDADE."

(do livro: jogos cooperativos, de Fábio Otuzi Brotto)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

comunidade...


Os Gansos e Comunidade:
Quando você vê gansos voando em formação "V", pode ficar curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma.


Fato
À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação "V", o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente.
Verdade
Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe chegam ao seu destino mais depressa e facilmente, porque elas se apóiam na confiança uma da outra.
Fato
Sempre que um ganso sai da formação, ele repentinamente sente a resistência e o arrasto de tentar voar só e, de imediato, retorna à formação para tirar vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente.
Verdade
Existe força, poder e segurança em grupo, quando se viaja na mesma direção, com pessoas que compartilham um objetivo comum.
Fato
Quando o ganso líder se cansa, ele reveza indo para a traseira do "V", enquanto um outro assume a ponta.
Verdade
É vantajoso o revezamento quando se necessita fazer um trabalho árduo.
Fato
Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo e a velocidade.
Verdade
Todos necessitam serem reforçados com o apoio ativo e encorajamento dos companheiros.
Fato
Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem, para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e, então, os três reiniciam a jornada ou juntam-se a outra formação, até encontrarem o grupo original
Verdade
A solidariedade nas dificuldades é imprescindível em qualquer situação.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

...

o destino não existe
(por favor não fique triste)
o que existe é uma estrad
que a pessoa vai achando

vai tomando vai sentindo
vai gostando vai seguindo
vai traçando, vai medindo
vai criando, vai abrindo

cada riacho do mundo
constrói seu rumo no chão
cada pessoa que nasce
tem a vida em sua mão

Ricardo Azevedo

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

...

"Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas.

Ele disse: A batalha é entre dois 'lobos' que vivem dentro de todos nós. Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego. O outro é Bom. É alegria, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: E qual lobo vence vovô?

O velho Cherokee respondeu: Aquele que você alimenta... "

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Grande cidadã paulista - Quaresmeira


Pensar em São Paulo, em geral, é visualizar prédios, cimento, poluição...mas, de olhos abertos, ainda é possivel encantar-se com a natureza presente na cidade.A Quaresmeira é uma espécie comum em São Paulo - grande cidadã paulista.



Nome Popular: Quaresmeira
Nome Científico: Tibouchina granulosa
Divisão: Angiospermae
Família: Melastomaceae
Origem: Brasil

Uma árvore de pequeno a médio porte, de grande beleza quando apresenta suas flores roxas, e por isso muito utilizada em paisagismo urbano. A variação Tibouchina mutabilis tem flores rosas misturadas com as roxas.
Suas flores possuem coloração róseo-arroxeada e na época de floração (julho a setembro) tomam toda a copa. Por essa razão seu potencial paisagístico é bastante explorado para arborização de praças e avenidas. Seu fruto é uma cápsula deiscente com muitas e minúsculas sementes. É uma planta pioneira de rápido crescimento sendo ideal para reflorestamento.

...

Raposo tavares.

Roteiro da aula:
1- roda de conversa - conversa a respeito das cenas criadas na aula anterior;
2 - Os grupos refazem as cenas movidos pela pergunta: o que faria melhor? -relação: improviso-vida / ensaio-aprendizado-melhora;
3 - apresentação das cenas com as mudanças escolhidas;
4 - os dois grupos apresentam as cenas ao mesmo tempo, quando um grupo esta falando/fazendo o outro está em estátua.
5 - conversa a respeito do foco - relação com a vida: aonde estamos colocando nossa atenção.
6 - Mudança de grupos. Cena livre movidos pela pergunta: o que acho importante dizer ao mundo?

Cheguei na sala e já escutei:- Senhora, hoje não quero fazer a atividade não! - Na sequencia mais umas duas recusas. Começamos a atividade e o grupo todo não se interessou pela proposta feita. Então, redesenhei todo o roteiro da aula, no intuito que eles se interessassem e participassem. A aula dada foi a seguinte:

1 - roda de conversa - conversa a respeito das cenas criadas na aula anterior;
2 - Alongamento
3 - Roda - jogo do objeto imaginário;
4 - cena com objetos imaginários- jogo da atividade ( um voluntario entra em cena, mostrando uma ação com objeto imaginário, ao que, depois de visualizar a ação , outros podem entrar para compor a cena);
5 - Improviso em dupla - mostrando um esporte;
6 - Improviso em grupo com objetos imaginários ( 5 min. para escolha em grupo da ação);

Vi importancia em mostrar a aula pretendida e a aula dada pois é algo que muito acontece em um processo educativo; Por isso, entendo que a abertura para o diálogo com os alunos e a habilidade de redesenhar uma aula se se fizer necessário, é algo a ser cada vez mais desenvolvido.

domingo, 25 de janeiro de 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009